29 de dezembro de 2008

Celebrámos mais uma vez o nascimento do menino Jesus, sejamos crentes ou não é isto o Natal: o nascimento de um menino chamado Jesus. E é tão fácil esquecer o que é o Natal…
O primeiro Natal em que senti que estava realmente a celebrá-lo, para além da festa familiar, foi sem dúvida em STP. Longe das compras, das musiquinhas alegres, dos anúncios e do frio de rachar fica mais fácil ver o essencial. Quando o almoço de Natal é um piquenique numa praia paradisíaca rodeada de companheiros é impossível não sentir a maravilha do nascimento de Jesus e deixar de perceber quais são as prioridades na nossa vida.
Obrigada Deus por este dom que me deste e aos que me rodeiam de estarmos vivos e felizes. Obrigada do fundo do coração, nada me faria mais feliz!

11 de dezembro de 2008

Não tenho escrito muito por aqui. Por um lado porque o António tem estado mais calmo e consequentemente eu também e por isso a necessidade de desabafar é menor. Por outro lado o facto dos comentários terem diminuído drasticamente faz-me supor que não sou só eu que estou mais calma em relação ao António.
Infelizmente a necessidade de hoje de desabafar é sinónimo de que o António não tem estado tão calmo estes últimos dias. Ontem e hoje fez algumas pequenas crises de epilepsia que me deixam verdadeiramente aflita e completamente desnorteada. Fico sem saber o que pensar e agora que já não estamos internados (só o António é que esteve mas eu insisto em usar o nós…) no hospital o acompanhamento não é tão presente como eu desejaria.
Tento ver o lado positivo de que ele tem estado tão bem disposto e brincalhão sempre com o seu sorriso maravilhoso que é impossível que algo de muito mau esteja lá na cabecinha dele, mas quando o vejo assim não é fácil.
São os altos e baixos de sempre, eu é que sempre que me apanho num alto acho que agora é sempre a subir…

25 de novembro de 2008

Eu sei que sou uma mãe chata, uma mãe bastante nervosa e uma mãe demasiado ansiosa! Também sei que deve ser cansativo e que não há paciência que aguente aturar o dia todo mães como eu. Mas, mais que tudo, sou uma MÃE, uma mãe aflita que se preocupa com o seu filho.
Tudo o que eu peço é apenas um pouco de paciência para esclarecer as minhas dúvidas e para explicar a gravidade da situação do meu filho. É legítimo da minha parte esperar que um dia mais tarde o meu filho possa ter uma vida normal ou é simplesmente delírio? A forma como falam é indicativo de que realmente a coisa é muito grave e eu ando a leste do paraíso, ou é apenas uma forma de falar e o delírio é afinal eu estar a interpretar dessa forma?
Eu sei que a infecção foi muito grave, que se esperam sequelas, mas também que o meu filhote é um lutador e que cada dia que passa está cada vez melhor. Aliás, estou como a minha mãe: "Olha-se para ele e vê-se logo que ele está óptimo". Porque está mesmo!

Ontem bateu palmas pela primeira vez! Sim, sim, já sei: “Só agora? O meu já bate palmas desde que nasceu”, mas para os papás foi como se ele tivesse feito um triplo mortal, aliás bem melhor, porque afinal qual é o interesse de fazer um triplo mortal?

18 de novembro de 2008

Coração sobressaltado

Não consigo deixar de ter o coração apertado.
Acordo a meio da noite ansiosa por saber se o António está bem, a estranhar o facto de ele não ter acordado (como se o normal não fosse mesmo ele dormir a noite toda…) e tenho que fazer um esforço enorme para voltar a adormecer antes de ir confirmar se o António está mesmo bem.
Acho que a palavra certa para descrever o estado do meu coração é sobressaltado. Em sobressalto, como quando estamos apaixonados e estamos sempre a pensar no que estará ele a fazer, se a nossa paixão é correspondida ou não, se é desta que vamos acertar porque o nosso coração também se cansa de estar sempre em sobressalto para nada! Mas mesmo que seja para nada, é sempre tão bom estar apaixonado.
Neste caso, é mesmo para nada, é só para me cansar e despender forças com coisas inúteis, mas quem é que explica isso ao meu coração sobressaltado de mãe?

14 de novembro de 2008

1º Aniversário

O António faz hoje 1 ano. É o seu primeiro aniversário e ao contrário daquilo que pensávamos não passou no hospital. E até teve o cuidado de dar uma prendinha aos papás: dormiu a noite toda sem acordar, tal e qual como era antes.
Antes? Antes do quê? Antes de ficar doente, antes do céu se abater sobre as nossas cabeças...
O céu não se abateu sobre as nossas cabeças, foram apenas umas nuvensinhas, e muitas mais virão certamente! E o António cá estará valente como sempre.
É o meu herói este meu menino!

10 de novembro de 2008

Papá

O António está cada vez melhor e imparável. O papá ontem à tarde viu-se aflito com tanta energia! Já se sabe como é, sem as mães ficam sem saber o que fazer, os pais claro!
Na quinta feira já tinha começado a trautear os seus sons preferidos, o nana, tata, e outros que tais. Eu fiquei toda babada pois a única coisa que ele nunca deixou de dizer foi só mesmo mamã (há prioridades, não é?). Mas no sábado começou a dizer papa que nunca tinha dito. Isso é que foi ver o papá inchar.
A fisioterapeuta já diz que ele nem precisa de fisioterapia que já está quase bom (isso queria eu), mas infelizmente segundo o exame que ele fez na 6ª os neurónios ainda andam um bocadinho aos saltos lá dentro da cabecinha dele.
Já estou como as avós, nah isso não quer dizer nada! Ele está óptimo! Olha-se para ele e vê-se logo!

8 de novembro de 2008

Sempre que estejas
a ter um dia terrível,
partilha os teus
sentimentos com alguém.
De facto, um peso
que é partilhado
torna-se sempre muito
mais fácil de transportar.

in "Sorrir para a vida", de Linda Allison-Lewis

6 de novembro de 2008

O meu menino está imparável, de dia para dia está cada vez mais bem disposto, mais ele.
Ontem a neurologista esteve a vê-lo e parece que o achou melhor do que esperava (foi ela que analisou o dito EEG do qual os médicos nunca falaram), tem uma série de coisas com nomes esquisitos, mas depois de muito bem traduzido pela médica que o acompanha agora e que também é muito querida, tem menos força do lado direito, consequência do facto do lado mais afectado do cérebro pela infecção ter sido o lado esquerdo e vai começar, espero que hoje, terapia ocupacional para recuperar.
E a melhor noticia foi que TALVEZ e se tudo correr bem para a semana já poderemos estar em CASA! Os três juntinhos de novo...

O meu dia de anos foi bom até quase feliz, fiquei muito comovida e feliz com uma série de gestos, de carinhos que fui recebendo ao longo do dia, que me surpreenderam e que quase diria dos quais não me sinto merecedora. E é bom saber que temos tanta gente à nossa volta que gosta de nós e se preocupa. Obrigada.

O regresso a casa foi antecipado e já estamos em casa desde quinta à noite!

3 de novembro de 2008

Só para dizer que o António já saiu ontem da Unidade de Cuidados Intensivos e está na Medicina (internamento normal) no quarto 5 e já pode receber visitas das 14h às 19h.
Agora é sempre a bombar!
Obrigada a todas pelo vosso carinho, preocupação e amor.
É muito consolador. E às vezes é disso que este meu pobre coração mais precisa.

31 de outubro de 2008

Par de estalos

Ás vezes é mesmo disso que eu preciso.
O jantar a dois fez-me bem, fez-me perceber que existe vida para além do hospital e que não posso viver em função da doença do António. O António é muito mais que a sua meningite!

Hoje acordou com a energia toda e queria sair da cama e do quarto com todas as suas forças, que ainda não são muitas mas já são suficientes para se fazer perceber. Assim, passámos a manhã a passear pelos corredores do hospital, que não são propriamente bonitos mas depois de quase 3 semanas confinado ao mesmo espaço sempre é mais interessante.
A PCR (marcador de infecção) hoje finalmente deu 0 (zero).
A EEG não foi conclusiva (para não variar...), os médicos quando tiverem chegado a uma conclusão hão-de dizer, até lá estou proibida de fazer perguntas pelo meu marido e pela minha mãe. A ver se controlo a minha ansiedade...

E obrigada à tia Belicha pelos gorros que dão muito jeito para o António poder passear à vontade, é que o pequerrucho agora está carequinha!

29 de outubro de 2008

Ontem foi dia de dormir no hospital (eu e o Gonçalo alternamos). O dia a seguir custa sempre muito a passar e o cansaço físico reflecte-se no moral. Hoje estou muito desconsolada! Mesmo muito. O facto de ir a casa tomar banho, comer e tentar descansar deixa-me sempre num estado de ansiedade indescritível. Não consigo deixar de sentir que estou a abandonar o meu pequenote e o tempo que estou em casa a tentar descansar é sempre um tempo doloroso em que o descanso nunca chega.
Hoje foi dia de novo exame - EEG, amanhã saberemos o resultado até lá resta-me recorrer à força do Gonçalo para me ir aguentando! Não sei o que seria de mim sem o papá. Hoje fazemos 3 anos de casados e a avó Gabriela ofereceu-se para ficar com o António para os papás poderem ir jantar fora. Obrigada avós!

Hoje o António foi passear no carrinho até a uma sala ao lado muito atento a tudo o que o rodeava: aquilo é que era abrir os olhos! E teve direito a gorro e tudo a pedido da avó Teresa. A primeira vez que fez este exame foi deitado, hoje já foi sentado, já não é mau. A mamã queria que ele já tivesse ido a dar uns passinhos, mas tem que ter calma esta mamã!

28 de outubro de 2008

Pessoal da UCI

O pessoal da UCI não poderia ser mais querido, desde os médicos, aos enfermeiros passando pelas auxiliares e empregadas de limpeza. Têm sempre uma palavra amiga, um sorriso, uma festa e até mesmo um abraço quando mais precisamos.
E é comovente perceber que também partilham connosco toda esta angústia, que ficam preocupados quando o António está em baixo, que se riem e fazem-no rir quando está mais bem disposto.
Hoje a Dra. Carla dizia-me que tinha telefonado ontem à noite para o serviço de propósito para saber o resultado da ressonância do António e que ficou muito aliviada com o resultado. Ela tem o cuidado de me chamar mãe coragem só porque pressente o quanto me ressinto por me sentir tão fragilizada e ser tão choramingas.
O Gonçalo nos primeiros dias chamava-me mãe leoa por estar sempre de volta dos enfermeiros com solicitações para o António, ou porque a febre estava a subir, ou porque as maquinetas estavam a apitar, ou porque… e os enfermeiros com toda a paciência do mundo lá iam fartinhos de saber que a maquineta estava a apitar mas não era nada, só para descansar a minha ansiedade. Ontem dizia em jeito de piadinha que lá no serviço já devo ser conhecida é por mamã chata!

As grandes vitórias de hoje do António são: 5 dias sem fazer febre, quase 2 semanas sem fazer convulsões, o riso maravilhoso do quatro dentolas (2 em cima, 2 em baixo), a ressonância não mostrou alterações, talvez uma pequena melhoria na inflamação e uma bolha de ar que podia explicar a sonolência do totó que após a viagem de ambulância para fazer o dito exame passou completamente a ponto dos papás quererem ir jantar às 22h e sua excelência estar mais excitado que nunca!
Ah, e já estão a reduzir a medicação, o que é sinal de as coisas estarem a ficar mais controladas. Esperemos que assim o apetite do "bucha" diminua porque parece um "saco sem fundo"!

27 de outubro de 2008

Os altos e baixos do António

O médico depois da operação avisou-nos que o tratamento seria longo e que teríamos que ter muita paciência e calma. Eu não sou paciente, nunca fui e num momento como este a ansiedade fala mais alto do que qualquer outra coisa.
Para compensar os médicos e enfermeiros da UCI do Hospital Pediátrico fazem mais do que o seu trabalho, fazendo quantas vezes de autênticos psicólogos, amigos e companheiros. Foi assim mais uma vez, hoje quando cheguei depois de uma breve ida a casa para tomar banho e tomar o pequeno-almoço, a ansiedade de saber que o meu filhote ia fazer uma ressonância magnética estava estampada em todo o meu corpo, e assim que olhou para mim a Dra. Leonor abraçou-me e disse que o indicador de infecção tinha dado negativo pela primeira vez hoje. Foi quanto bastou para as lágrimas rebentarem em cascata e todo o meu corpo soluçar.
Hoje foi esta a grande vitória do António, a infecção está controlada. Agora só falta controlar a inflamação à volta do cérebro, do lado esquerdo. Força António!

25 de outubro de 2008

Coração de mãe

Quando iniciei este blog o objectivo não era tanto ser lido pelos outros, mas sim ser uma continuação mais "moderna" do diário que mantenho desde que sou gente. Da necessidade que sempre senti de desabafar no papel aquilo que sinto.
Hoje resolvi dar-lhe de novo uso como um desabafo doloroso. Como se ao escrever aquilo que trago no coração esse fardo ficasse um pouco mais leve. E nunca pensei sentir uma dor tão grande neste coração tão pequenino. A angústia que trago no peito dói tanto, tanto que por vezes penso não aguentar.

Escrevo também, não para fazer um relato da doença do António, mas tão só para partilhar com todos os que sofrem connosco (que sei que são muitos) as pequenas vitórias do meu filhote!
Desde que foi operado as vitórias são muitas, a maior de todas é o não fazer febre há 2 dias, depois de 15 desgastantes dias ininterruptos de febre.
Já voltou a pegar nos brinquedos, já voltou a dizer mamã e a fazer uns pequenos sorrisos. E continua lindo de morrer.

Sempre que possível prometo contar as próximas grandes vitórias do António.

2 de outubro de 2008

1 de outubro de 2008

22 de setembro de 2008

Hoje estou com a sensação de ter muita coisa para dizer, muito sobre o que falar.
Das coisas que me irritam (que apesar do meu “infinito” esforço para ter mais paciência continuam a ser demasiadas), do que me deixa feliz ou nostálgica, da felicidade que nos aperta o peito, dos amigos, das noitadas (se sair até às 3h possa ser considerado noitada, tendo em conta que se acorda impreterivelmente às 8h), enfim tanta coisa!

Mas, não é possível fugir ao meu tema preferido e inesgotável: o António (agora percebo as mamãs que só têm um tema de conversa sobre o qual discorrem horas a fio).
Hoje foi o seu primeiro dia de aulas. Aulas é como quem diz... foi o primeiro dia que p'ra lá foi passar o tempo à espera de crescer!
O papá estava mais nervoso do que eu. O que me deixou inexplicável e estupidamente satisfeita. Estupidamente satisfeita! ahahahahah
Eu, confesso, chorei. Era impossível ficar insensível ao choro estridente e desesperado de um menino a apontar em súplica para a porta. Parece que faz parte da sua rotina diária desde o início de Setembro…
O António ficou, na sua habitual forma de estar de bem com o mundo e com a vida, ansioso por todas as coisas novas que o seu olhar ávido mal podia adivinhar.

5 de setembro de 2008

Crianças a crescer

Sempre achei uma parvoíce as mamãs ficarem preocupadas porque os seus rebentos, ainda não fazem isto ou aquilo, afinal cada bebé tem o seu ritmo e seguramente que aos 18 anos já saberá comer sozinho, andar e falar, para além de bater palmas e dizer adeus, claro! Talvez um pouco antes, se for muito esperto...
Mas, agora que sou mãe é difícil resistirmos à pressão do "o meu com essa idade já batia palmas, gatinhava e dizia olá". Sim, sim e o pino, não fazia? Olha-se para ele e vê-se logo que é uma esperteza!!! Penso mas não digo, apesar de não parecer de vez em quando consigo controlar-me!
Bem o António, com 9 meses ainda não diz nada, não diz adeus nem bate palmas, só tem 2 míseros dentinhos, baba como gente grande, mas atenção, já se põe em pé sozinho - que eu tenha visto só 2 vezes, mas não interessa, já faz!!
iupiiii, é o maior o meu filho!
E mais importante que tudo, come e dorme muito bem.
Vejam lá se não está lindo:
Estou a ver os meus dedos a "teclarem" (uau que moderna) e não posso deixar de olhar, com um certo orgulho, para as minhas unhas vermelhas e apetitosas. Sim, sim, demoro um pouco a render-me à moda, mas depois vou lá. Obrigada, Susana.

1 de setembro de 2008

Acreditar

Sempre tive um diário. Desde pequenina.
Ao longo do tempo as palavras foram rareando e os motivos de interesse escasseando.
Até dá gosto ler os meus diários de pequena, com os relatos dos inúmeros e entusiasmantes acontecimentos do meu dia a dia - não sei se é claro, mas estou a ser irónica!.
Hoje em dia os meus relatos são mais profundos, assim como os motivos que me levam a pegar na caneta, mas muito, muito raros.
Tornei-me desinteressante! Ou sempre fui e apenas me tornei mais realista!
Mas há algo que se mantém ao longo do tempo, o motivo que me leva a escrever é quase sempre porque estou triste ou melancólica ou nostálgica.
Quem ler o meu diário (já lá vai o tempo em que, ingloriamente, o escondia para que ninguém lesse tão coloridos relatos) há-de ficar a pensar que a minha vida é uma tristeza.
Mas não é! Pelo contrário eu sou uma pessoa feliz. Gente feliz mas com lágrimas que chorar também faz bem e é saudável.
E hoje apetece-me chorar, não porque seja infeliz, não porque o meu trabalho seja uma desgraça, mas porque estou triste e estar triste faz parte da vida tanto como estar alegre.
No dia em que um menino morrer e eu ficar indiferente, será o dia em que não fará sentido continuar a Acreditar.

29 de agosto de 2008

Nas férias...

Estive na Figueira da Foz e comecei a fazer um curso de body board na escola de surf da figueira.

Depois estivemos no Alentejo a comer bem e a descansar melhor.
Fomos visitar Vila Viçosa e a aldeia de São Gregório.
Para quem não conhece, vale a pena conhecer!

28 de julho de 2008

Férias

Já só faltam 3 dias...

7 de julho de 2008

Fim de semana longe

Não foi tão dificil como esperava.
Não foi nada como planeado.
Foi bom e soube-me muito bem.
A parte mais difícil foi quando o avião depois de um atraso de 1h30, teimava em não chegar ao destino, tudo parecia acontecer com o único propósito de me afastar por mais uns muitos minutos do meu filhote que dormia sem saber à minha espera.
E que lindo que ele estava, tão angélico e ternurento como sempre.
Às 2 da manhã quando finalmente chegou à sua caminha, abriu os olhos e fez o sorriso mais lindo para o papá e a mamã. O papá já queria brincadeira, mas a mamã mais prática e pragmática não deixou. O papá ficou triste...
Triste ficou hoje de manhã a mamã quando o filhote não fez o sorriso maravilhoso com que todos os dias nos brinda e faz o dia parecer mais bonito (sim que às 7 da matina parece tudo menos bonito...).
Toma lá, que para a próxima que me deixes aqui 3 dias abandonado ainda é pior!

Ainda não sei se continue a pôr fotos ou não. As discussões sobre a segurança na net e do direito à privacidade das criancinhas tem me feito pensar. E eu que pensava que não vinha ninguém aqui espreitar afinal não é bem assim. O que acham oh espreitadores?

23 de junho de 2008

Hoje não me apetecia vir trabalhar

Hoje quando estava a chegar ao trabalho senti um daqueles friosinhos na barriga que nos arrepiam a alma e pensei "Não me apetece ir trabalhar".
Nestes dias devia ser permitido não virmos trabalhar, ficar em casa, ir passear, fazer qualquer coisa menos vir trabalhar.
Justificação a dar no trabalho: Não me apetece ir trabalhar. E só por ser a verdade já devia ser justificável. Convinha era não ser todos os dias, senão o patrão também se chateia e com razão!
Senão vejamos, o que faço eu aqui neste blog a escrever este post non-sense (uhm, estou a ficar moderna...sim que quem não usa estrageirismo e siglas que eu nunca percebo não é deste tempo!)?
Na realidade o que eu pensei foi: "hoje não me apetece ver desgraças", apetecia-me ficar em casa a brincar com o tótó (é o cão, qual cão?).
Mas não são desgraças que eu vejo todos os dias, aliás vejo, mas não é no meu trabalho, essas davam para outra meia hora de conversa, graças e desgraças. No hospital vejo crianças doentes, mães corajosas, funcionários alegres, mas sobretudo vejo crianças lindas e apetitosas.
E são elas e as suas carinhas rosadas que me motivam todos os dias, mas depois há aqueles dias em que não me apetece mesmo nada.
Não há nada a fazer a não ser deixar que passe depressa.

11 de junho de 2008

Sobrinho

O Gonçalo já nasceu e é muito lindo!
Como é possível que em apenas 6 meses me tenha esquecido como eles são pequeninos quando nascem! E fofinhos!
E é tão bom ver a família a crescer e meninos para brincarem com o "tonito" já que as outras "tias", tá quieto oh mau!!!!!

23 de maio de 2008

Mãe

Ao reler o que acabei de "postar" saltou-me ao coração a forma como tão naturalmente, após os meus míseros 6 meses de labuta, escrevi e senti: "o meu coração de mãe"...
E é tão lindo ser mãe que até mete nojo!

O Gaspar

Chorei como uma madalena a ler este blog.
Nas últimas semanas as lágrimas têm corrido com alguma facilidade.
Este novo contacto com uma realidade que estava tão longe tem-me sensibilizado de uma forma muito especial.
Estes meninos com cancro e as suas famílias, principalmente as mães (digo mães porque normalmente são elas que estão 24h ao lado dos filhos, mas também há pais), são verdadeiros heróis. Heróis, mesmos!
O meu coração de mãe aperta-se com as coisas que vê ou lê, mas que não sente. Pois não é o meu filho, só posso imaginar um pouco do tanto sofrimento, angústia e tantas outras coisas que aqueles corações de heróis sentem! Uma mãe dizia que nestas alturas os seus corações ficam pequeninos, pequeninos de tão apertados que estão...
Sinto que do pouco que podemos fazer para tornar esta dor ligeiramente mais leve, há uma coisa muito importante: a esperança.
Há muitas razões para ter esperança, eu não fazia a minima ideia que 70% destas crianças ficam boas, boas mesmo!
Há que apagar das nossas cabecinhas o "cancro=morte", não é, não é, não é!
Não é mesmo, já o meu irmão nos gritou isso há 4 anos atrás e hoje vejo que é mesmo assim!
Graças a Deus, há poucos "Gaspares", mas já são tantos e podia ser o meu "António".
Acreditar

14 de maio de 2008

16 de abril de 2008

31 de março de 2008

Fim de semana em Lisboa

Já estavam com saudades de fotos do meu pequerrucho!!!
Pois aqui ficam, para quem já não o vê desde que nasceu fiquem a saber que está cada vez mais lindão! E eu cada vez mais babada!

11 de fevereiro de 2008

O meu maior pecado

No workshop de escrita criativa que fiz com o Pedro Sena-Lino da Companhia do Eu ficamos de escrever, para trabalho de casa, as nossas histórias do género "A minha primeira viagem".
Eu resolvi escrever sobre algo que me atormentou durante muitos anos, a que chamei "O meu maior pecado".
Começando pelo principio: Eu, como quase toda a gente da minha geração, andei na catequese, sabe Deus porquê, quando era pequenina. De pouco ou nada me lembro e que falta me faz agora que sou catequista e a minha ignorância é imensa!
E eis que, chegou o grande dia da primeira comunhão, em que finalmente ia usar aquelas meias brancas e rendadas, lindas de morrer e muito confortáveis ao pé.
Mas alto lá que antes há que confessar todos os nossos medonhos e grotescos pecados. Não, pensavas que era só passeares-te com o teu lindo vestido rosa, meia branca, sapato a dar-te cabo dos pés e tu com cara angélica! Nah, nah.
Há que confessar todos os horríveis pecados: muitas palavras feias e nomes feios que chamava aos meus irmãos e nada mais nada menos que gamei uma borracha lá na escola a uma coleguinha. Mas na hora da verdade achei que esse pecado era tão mau para confessar que resolvi aligeirar a coisa tendo mencionado que tinha encontrado uma borracha que não era minha e que foi parar ao meu bolso, mas eu nem queria nada!
Não contente com ter gamado a dita borracha (daquelas verdes sem graça nenhuma, se fosse das cheirosas ainda se compreenddia, mas das verdes?!) ainda menti ao Sr. Padre e mais grave ainda comunguei o corpo de Cristo com estes pecados todos no meu coração.
Claro está que vivi anos e anos apoquentada com esta falta grave e sem nunca me saltar à vista como redimir-me deste vil pecado.
Passado anos e anos a oportunidade chegou. Andava eu nos Escuteiros e lá tive que voltar à catequese (entretanto já tinha saído) e à missa. Por ocasião de uma data especial (provavelmente a Páscoa) fui obrigada a confessar-me e finalmente pude aliviar a alma deste peso que me perseguia. Qual não é o meu espanto quando o Sr. Padre me manda rezar apenas meia dúzia de Avés Marias e um Pai Nosso! Sinceramente achei que ele tinha sido muito condescendente e que não devia ter percebido muito bem o que lhe tinha dito.
Só passados muitos anos consegui contar a rir-me desta história e jurei a mim própria que iria ter um papel activo para evitar que outras crianças vivessem atormentadas com o bicho papão do "Pecado" no coração.
Deve ser por isso que hoje sou catequista!

7 de fevereiro de 2008

A maternidade

Confesso que sempre achei que o instinto maternal não era para mim, mas não há como uma carinha destas para nos mudar para sempre.
Hoje falava com a Patita, surpresa das surpresas, acerca de bebés! Ela queixava-se que o filho está doente há imenso tempo e que já anda com os cabelos em pé!
E pensar que há uns ans atrás as nossas preocupações eram mais do estilo: "estou cá com uma ressaca!"...
É a vida a passar, mas não é de qualquer jeito, é de um jeito maravilhoso!
Mas a verdade é que ainda não deixei de ser a Paula que gosta de beber uns copos, e que saudades eu já tenho do belo fino, fresco e amarelo!

3 de janeiro de 2008

O meu bebé
com um mês e meio...