23 de maio de 2008

Mãe

Ao reler o que acabei de "postar" saltou-me ao coração a forma como tão naturalmente, após os meus míseros 6 meses de labuta, escrevi e senti: "o meu coração de mãe"...
E é tão lindo ser mãe que até mete nojo!

O Gaspar

Chorei como uma madalena a ler este blog.
Nas últimas semanas as lágrimas têm corrido com alguma facilidade.
Este novo contacto com uma realidade que estava tão longe tem-me sensibilizado de uma forma muito especial.
Estes meninos com cancro e as suas famílias, principalmente as mães (digo mães porque normalmente são elas que estão 24h ao lado dos filhos, mas também há pais), são verdadeiros heróis. Heróis, mesmos!
O meu coração de mãe aperta-se com as coisas que vê ou lê, mas que não sente. Pois não é o meu filho, só posso imaginar um pouco do tanto sofrimento, angústia e tantas outras coisas que aqueles corações de heróis sentem! Uma mãe dizia que nestas alturas os seus corações ficam pequeninos, pequeninos de tão apertados que estão...
Sinto que do pouco que podemos fazer para tornar esta dor ligeiramente mais leve, há uma coisa muito importante: a esperança.
Há muitas razões para ter esperança, eu não fazia a minima ideia que 70% destas crianças ficam boas, boas mesmo!
Há que apagar das nossas cabecinhas o "cancro=morte", não é, não é, não é!
Não é mesmo, já o meu irmão nos gritou isso há 4 anos atrás e hoje vejo que é mesmo assim!
Graças a Deus, há poucos "Gaspares", mas já são tantos e podia ser o meu "António".
Acreditar

14 de maio de 2008