2 de julho de 2009

O meu silêncio aqui é fruto de um procurar fazer silêncio no meu coração.
Silêncio para parar, não pensar e absorver.
Absorver o tanto que a vida me tem dado e procurar fazer o melhor que posso, para mim e para os outros.
O António tem problemas no desenvolvimento, não sou eu que o digo, foi encaminhado e já está ser acompanhado pelos técnicos da Intervenção Precoce (até aos 3 anos).
Toda esta nova realidade de um menino que nasceu saudável, vai sendo absorvida pelo meu coração e com o tempo vou sabendo readaptar as minhas expectativas. Aquelas expectativas que qualquer mãe tem para o seu filho: o de querer o melhor para ele. E é isso que eu quero para o meu filho, o facto de ele não ser igual aos outros não altera nada.
Como dizia um pai de uma menina com cancro, em jeito de conclusão após elencar uma série de sequelas que não a deixam ser igual às outras meninas da idade dela, “ela tem o amor dos pais que vale o que vale”. E Amor o António terá sempre, muito.